3 PREMIO - ANA PROENÇA
Não falo do amor de mãe, nem do de filha. Não falo do amor aos bichos ou do amor à vida, ou mesmo do de amiga.
Falo do amor-amor, o de sempre.
Daquele amor que encontras quando já passou a paixão, que confundes com carinho ou com habituação.
Falo do amor que esperas ser para sempre.
O Amor que queres seguro, mas ousado.
Aquele que tens como garantido e te deslembras de alimentar. Ah mas se te falta, nem consegues respirar!
Pensas ocasionalmente que está velho, está gasto.
Mas, olha bem menina – olha a extravagância que engrandece a tua vida.
È uma raridade porra!
A triliões de anos-luz dessas atracções repentinas, dessas químicas que nos fazem estremecer, novidades que ofuscam com um brilho tão efémero, que num ápice se torna fosco, triste, e só, e que afinal não existe.
O amor faz-nos vaidosas, airosas, pirosas!
Olha que palavras ridículas, como diria o nosso querido Álvaro.
Olha como ficamos sumarentas, deliciosas!
O amor é chocolate com pimenta.
O amor é comprazer, é prioridade, e a alma nos alimenta.
A falta dele…
Oh pá, que despropósito! Merda para o Amor!
Esse maldito que nos arruína sem pudor!
Que raio de sentimento é esse que se pavoneia, altivo e arrogante e no entanto, como se isso pudesse ser, lá consegue amanhar forma de sobreviver e acompanhar com a dor.
Que nos deixa deprimidas, secas, recalcadas!!!
Que se lixe! Abaixo a pieguice!
Quem é que acredita em contos de fodas? Perdoem-me, fadas, era fadas!
Venham os “amores” de uma noite só. As declarações da tanga. Confessem-se subversões aos que nos passam, aos que não ficam, aos que não sabem.
Vivam as palpitações, vibrações, correnteza de euforias.
Venham dias sem contratos, sem promessas.
Venha a vida como ela é, sejamos auto-irónicos, gozemos este senão.
Estamos vivas, e se não temos amor-amor – o de sempre, temos paixão, temos tesão, temos amor ao cão!
Posted by Nani (BLOGUE TRIVIAL)
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